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domingo, 15 de novembro de 2009

A sala de aula para além dos muros da escola

A escola pública dos últimos tempos é tema de discussões acerca de sua metodologia constatada como depositária de conteúdos e não considera o individuo como pessoa que tem histórias de vida. Sabemos que a raiz dos fatos muito tem haver com nosso processo histórico de educação desde a vinda dos jesuítas com aculturamento dos índios na qual por muito tempo prevaleceu o ensino voltada para religião e que definia como verdades absoluta o ideal de formação cristã na convivência cidadã das pessoas. Com o advento das industrias surgem também às escolas de massas no sentido também de enquadrar os indivíduos em modelos denominados como fordismo e taylorismo, mais preocupado com o crescimento capital do que com a questão da formação humana. Entre essas citações há outros paradigmas que influenciaram nosso modelo de educação atual diagnosticada como fracassada, com grande índices de analfabetos funcionais e sobre tudo ausência da visão questionadora do mundo. Diante de tais fatos podemos refletir sobre que tipo de educação queremos? O que devemos considerar nesse processo? Que metodologia devemos usar? Hoje há discussões acerca do desafio da pedagogia norteada nos princípios da diversidade, inclusão, participação democrática e etc, que ao meu ver aproxima mais o ideal de escola que humaniza que direcione as crianças, adolescentes e jovens para serem construtores ativos da sociedade e exercendo a cidadania de forma plena. É necessário ainda um novo jeito de ensinar o professor tem que sair dessa postura linear e colocar-se na posição de facilitador na hora do aprender, Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia nos diz que ensinar não é transferir conhecimento, é criar possibilidade para sua própria produção. Concordando com idéia do autor ao retratar que o conhecimento só é conhecimento se tiver ligação com a vida e ainda experimentado sendo assim o educad@r é responsável pela criação de situações que faz com que o educand@ crie suas deduções e construa suas próprias respostas é necessário ainda a constante conexão entre prática e teoria no exercício da nossa profissão de educad@r, embora sabemos que somos frequentemente engolidos pelo viés capitalista que mantém as desigualdades na sociedade e as diferenças culturais. A escola deveria ser ao meu olhar um organismo que tem vida, evolui, interagem com outros organismo, encara desafios e possibilidades e reflete sua função no seu contexto.
Simone Sousa